Nós vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo. (Mt 2, 2 )

Nós vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo. (Mt 2, 2)

Iniciamos nosso novo ano meditando a liturgia da Epifania: Manifestação do Senhor. Iniciamos com o profeta Isaías:

“Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, (...) sobre ti apareceu o Senhor, e sua glória já se manifesta sobre ti. Os povos caminham à tua luz; (...) Levanta os olhos ao redor e vê: todos se reuniram e vieram a ti (...) trazendo ouro e incenso e proclamando a glória do Senhor.” (Is 60,1-6)

Muitas outras profecias de Isaías e de outros grandes profetas anunciaram a vinda de um descendente de Davi. Neste sentido, nos diz o Salmo responsorial:

“Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza! Com justiça ele governe o vosso povo (...). Os reis de Társis e das ilhas hão de vir e oferecer-lhe seus presentes e seus dons.” (Salmo 71-72)


Nós vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo. (Mt 2, 2)

Outros povos do oriente conheciam a religião dos judeus e a respeitavam. A espera ansiosa de um messias, consagrado por Deus, para trazer a paz e a salvação ao seu povo era bastante conhecida.


Nós vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo. (Mt 2, 2)

Deus nos criou com infinito amor e carinho para ser Seus filhos e vivermos na Sua amizade e presença. Desde que nascemos Ele coloca no maior íntimo de cada um de nós um imã que nos atrai para Ele. Há, aproximadamente, 35 mil religiões diferentes no mundo. Isso é um “sintoma” desse vazio enorme e dessa busca jamais apaziguada! Existe dentro do coração humano uma misteriosa nostalgia de sentido, de felicidade plena, de busca que nos deixam insatisfeitos e insaciáveis.


Nós vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo. (Mt 2, 2)

Era a GRANDE PROMESSA que o povo de Israel trazia para humanidade: a vinda de um Salvador! Como Ele disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. (Jo 14,6)

O Evangelho de hoje nos indica o grande perigo e as tentações que nos ameaçam nesta Grande Busca. São as tentações que Jesus enfrentou no deserto: a ganância, busca das riquezas e dos prazeres, o apego ao poder.

Realidades que nunca satisfazem, viciam e nos escravizam, nos tornando insensíveis e frios.

A pior delas é a que aparece no Evangelho de hoje o “vício religioso”, uma religião que acomoda que colocamos a serviço interesses e do nosso conforto matando a busca sincera de Deus.

Os grandes do governo e da religião tinham deixado morrer dentro de si toda busca de Deus. Estavam insatisfeitos com sua situação confortável. Nada fizeram para procurar “o menino que tinha acabado de nascer”.


Nós vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo. (Mt 2, 2)

É comovedor ver na busca “desses sábios do oriente” o desejo sincero de Deus. Deixaram tudo. Fizeram o que Esse Menino vai pedir quando se tornar adulto. “Deixem tudo e me sigam.” (Mt 4,19). Eles deixaram seus afazeres, seus bens, suas casas. Atravessaram um imenso deserto e seguiram a estrela e foram adorá-lo”.


Nós vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo. (Mt 2, 2)

Também nós, Vicentinos, sigamos seu exemplo. Semanalmente deixemos o conforto de nossas casas para irmos às periferias existenciais. Lugares que não tem nada de atraente (humanamente falando). Mas, pela única força divina da FÉ e da CARIDADE humildemente vamos visitar e encontrar o Cristo, na pessoa de seus irmãos. Depois digamos, como nos ensina Jesus no Evangelho: “Fizemos apenas o que devíamos fazer.” (Lc 17, 10).